OS DERROTADOS DE ABRIL
Preferiam a guerra, os anos de cinza,
A morte devagar distribuída
E os muros pintados a cal.
E eles pensam: terá voltado a nossa hora?
Mas é tudo tão diferente.
O dinheiro nunca teve cor, mas agora
Não tem mundo nem maneiras.
Seja como for, por caminhos ínvios
Ou por mecanismos que não se entendem,
Mas que filhos de gente conhecida explicam,
Ainda que fiquemos sem o nosso dinheiro,
O importante é que os pobres vão perder a grimpa e o arrojo:
O nosso tempo voltou.
(Luís Filipe Castro Mendes, JL de 29.5.13)
[Um poema do novo Ministro da Cultura que postei no meu blogue "Dito Assim"]