Em Maio de 2013, transcrevi:
SER EUROPEU É PREFERIR:
- as catedrais às pirâmides;
- Bruges a Gioto;
- o mar Egeu às Caraíbas;
- o sentido estético ao sentido prático;
- as interrogações às certezas;
- o cepticismo ao fanatismo;
- a diversidade à uniformização;
- a dissidência à ortodoxia;
- a liberdade às verdades;
- a sabedoria ao saber;
- a síntese à retórica;
- as palavras às estatísticas;
- a imprensa à televisão;
- a literatura à tecnocracia;
- o indivíduo às massas;
- a lucidez da razão às profecias sem razão;
- as heranças aos testamentos;
- as memórias dispersas à memória única;
- o vinho à Coca-Cola;
- o valor dos homens ao valor do dinheiro;
- a visão de conjunto à visão parcelar;
- a inquietação ao optimismo;
- o sonho à diversão;
- a contradição ao apaziguamento;
- os cafés e esplanadas aos bancos e seguradoras;
- o curso do Danúbio ao do Amazonas;
- Porto fino a Acapulco;
- Santorini a Punta del Este;
- o lago Cuomo ao lago Titicaca;
- a Grécia de Péricles à China da dinastia Han;
- o Império austro-húngaro à Turquia dos sultanatos;
- a Roma imperial ao Japão dos sarnurais;
- o Spectator ao New Yorker;
- Margaret Thatcher a Indira Gandhi;
- De Chirico e Delvaux a Portinari e Andy Warhol;
- Fellini e Truffaut a Spielberg e Tarantino;
- Malaparte e Yourcenar a John Dos Passos e Kawabata;
- Mouzinho de Albuquerque a Pancho Villa;
- Garibaldi a Sun-Yat-Tsen;
- Marco Aurélio a Confúcio;
- por fim, uma noção equilibrada do tempo, nem estática nem acelerada.
Em suma, a história da Europa à história universal.
(Marcelo Duarte Mathias in Diário de Paris)